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Asteya - não se apropriar do que não nos pertence

Esse Yama está descrito no YogaSutra, no capítulo II.30 e também na Hathayoga Pradipika no capítulo I.16, e o seu significado mais amplo é não-roubar. Algo de fácil entendimento para quem vive uma vida honesta em sociedade.


Porém, Asteya não diz respeito somente a bens materiais, mas também engloba não se apropriar de ideias, pensamentos e tempo de outra pessoa.


Como gosto de ir um pouco mais a fundo nesses assuntos, faço aqui um paralelo com o ensinamento da Bhagavad Gita, em que o deus Visnu, encarnado como Krishna instrui Arjuna sobre o próprio dharma:


"Mais vale cumprir o próprio dharma, ainda que de forma imperfeita, do que cumprir de maneira perfeita o dever de outrem. É melhor sucumbir desempenhando seu próprio dever. É perigoso cumprir deveres alheios”.


Dharma é fazer ações em harmonia com o bem-comum, da maneira Universal. Seria basicamente não fazer aos outros àquilo que não gostaria que fizessem comigo.

Já o nosso propósito pessoal, nossa conduta individual é chamada Svadharma, o próprio dever baseado em nossos valores pessoais.


Isso nos leva a uma reflexão sobre os papéis que estamos desempenhando na vida:

Qual é o seu papel no mundo? Qual o seu dever e o seu propósito? Você tem isso claro na sua mente ou está se apropriando do modelo de vida de alguém só porque acha legal?


É preciso ser honesto consigo mesmo e usar o discernimento para ir atrás do próprio Dharma. Quando sabemos com clareza aonde estamos e aonde queremos chegar, não precisamos nos apropriar de nada que não seja nosso, a nossa própria vida e o nosso próprio dever bastam.


O yoga é uma poderosa ferramenta de autoconhecimento que pode trazer mais clareza sobre essa questão. E viver uma vida de acordo com os nossos próprios moldes é bastante libertador!

 
 
 

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