Causos de uma aluna em sua primeira aula de yoga - contém humor - e um tantinho de ficção.
- Gabi Z Reis Yoga
- 13 de mar.
- 2 min de leitura
Dia desses uma amiga me contou que estava fazendo yoga. Falou como se sentia com mais energia, mais flexível, forte e menos ansiosa. Fiquei bem interessada e curiosa e me convidei para ir um dia com ela.
Confesso que existia um certo preconceito em mim: “yoga não é aquele negócio que a gente fica fazendo OMMMMM com os olhos fechados? Como isso poderia me ajudar?”Mas mesmo assim, fui. Estou beirando os 30 anos e quero começar a cuidar mais de mim.
Cheguei para a primeira aula. A professora diz que praticaremos descalças. “Socorro, será que fiz as unhas?” - é o meu primeiro pensamento de desespero. “Vixi, vim de papete, e se eu estiver com chulé? Será que todo mundo vai sentir??”Imito os passos da minha amiga que está totalmente à vontade sem seus sapatos - mesmo com as unhas um pouco compridas (pois é, eu reparei).
Ela desenrola o seu tapetinho, pega um objeto retangular no armário da sala e senta em cima. Eu faço igual.“Hmm, um pouco desconfortável. Será que se me ajustar mais fica melhor? Vou tentar...”
Finalmente a aula começa. A professora pede para fazermos uma respiração e eu me dou conta que nunca reparei em como respiro. Em poucos minutos sinto minha mente desacelerar.
Chega a hora das posturas. Nas primeiras eu até que vou bem. “Agora eleva a perna direita e traz o pé ao lado na mão direita” - diz a professora. Na minha cabeça “Qual é a perna direita? Como que meu pé vai chegar perto da mão?”. “O braço esquerdo sobre enquanto o direito vai atrás das costas” - continua a professora.
E eu só consigo pensar que estou fazendo tudo errado. Mas percebo que ninguém está olhando pra mim, cada aluno parece concentrado em sua própria prática.
Final da aula. Somos instruídos a deitar e fechar os olhos para relaxar. Finalmente algo que sei fazer bem, penso.
A voz da professora é suave, ela pede pra gente relaxar parte por parte do corpo, e vai citando calmamente: pé direito, pé esquerdo, perna direita, perna esquerda… Me perco no meio das instruções e sinto que adormeci. Quando o relaxamento termina, levanto em um susto, com a certeza de que ronquei. Parece que nunca relaxei tanto na vida em poucos minutos.
O feedback da professora sobre minha primeira aula foi positivo. E ela me tranquilizou dizendo que no yoga não nos preocupamos com a performance, mas sim com a presença. E isso eu tive certeza que consegui: estar presente.
Sai da aula ainda em dúvida se continuaria. Na semana seguinte lá estava eu de volta. Muito mais confiante e tranquila.
Com o tempo fui percebendo que o meu corpo e mente agradeciam toda vez que ia às aulas. E quando ficava um tempo sem fazer, logo sentia falta.
Foi dessa maneira que o yoga entrou na minha vida, e permanece há 3 anos. Sou muito grata pela oportunidade de conhecer essa prática que me faz tão bem!"
E você, se identificou com esse relato? A prática de yoga, como toda atividade que estamos começando, pode parecer estranha, mas com o tempo não mais nos imaginamos sem! É um deleite para o corpo, mente e alma!
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