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O discernimento e a inteligência: passos para uma vida mais feliz

O ensinamento do yoga é prático: deve ser inserido no dia a dia se quisermos viver uma vida mais inteira, presente e livre de sofrimento. 


No HathaYoga Pradipika, manual do Hatha Yoga que data, provavelmente, do século XV, encontramos uma palavrinha em sânscrito: Matī, que é traduzida como inteligência.


Já no YogaSutra de Patañjali, um dos textos mais importantes da tradição, o seguinte verso é apresentado:

vivekakhyätiraviplavä hänopäyaù || O conhecimento discriminativo, sem obstáculos, é o meio para a eliminação [da ignorância e do erro].


Esses dois ensinamentos, Matī e Viveka apontam para algo em comum: a capacidade de discernir o real do aparente, o mutável do imutável, quem somos de quem acreditamos ser.


Desde que nascemos, as expectativas dos outros são projetadas sobre nós: dos nossos pais, professores, amigos, irmãos, da sociedade. Até que chega um momento da vida - não para todos, claro -  em que começamos a questionar as escolhas que fizeram para nós, provavelmente motivados por algum sentimento de vazio, de incompletude ou de não pertencimento.


É como se “as roupas começassem a não servir mais”. A gente até tenta se apertar dentro delas por um tempo, até perceber que não dá mais. 


Nesse momento estamos usando nosso senso crítico, nossa inteligência ou discernimento (Matī e Viveka) para questionar quem somos e do que gostamos para além daquilo que foi imposto a nós.


O ensinamento do yoga pode nos ajudar com essa compreensão, através das práticas e do estudo, remove aquilo que a gente não é, para que o que somos possa florescer. É o famoso autoconhecimento. Mas para sustentá-lo é preciso esforço.


O autoconhecimento passa por processos que podem ser bastante dolorosos, olhar para si não é tarefa fácil. São muitos altos e baixos que fazem parte, mas se estamos comprometidos, se há esforço - tapas - conseguimos seguir.


E como alguém que está nesse processo há pelo menos 10 anos, posso afirmar que o esforço vale a pena, uma vez que se aproximar da nossa essência é uma das chaves para uma vida mais feliz.


O cardápio do autoconhecimento é bastante diversificado, cada um vai escolher o que faz mais sentido pra si. Mas uma coisa é certa: nem sempre tudo será flores. E aí teremos que escolher entre viver uma vida no automático, sem questionar nossas escolhas e seguindo a maré, ou pegar nossa vida nas mãos, questionar o que nos faz feliz e seguir com o coração tranquilo de ter honrado quem somos.


 
 
 

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