Final de ano, mais alguém exausto aí?

"Namastê, pessoal, como vocês estão hoje?" - normalmente é assim que começo minhas aulas de yoga, perguntando aos alunos como eles estão. E esse não é somente mais um protocolo a seguir, eu realmente me interesso e me preocupo com o bem-estar do meu aluno.

Muitas vezes a resposta é um balançar de cabeça, um sorriso... mas nessas últimas semanas tem sido diferente: os alunos tem sinalizado um cansaço físico e principalmente mental.

Já é "de praxe" que no final do ano nos encontramos mais cansados. Seja pelo acúmulo das funções do ano todo, seja por mais demandas que o fim de ano exige.

Mas a reflexão que quero trazer aqui é: com o que você tem "gastado" a sua energia? Será que você não está se sobrecarregando exigindo demais de si?

É claro que tem coisas que temos que fazer e que não tem como fugir - nossas obrigações como mãe, pai, filho, esposa, trabalhador, dona (o) de casa, contas a pagar...

Mas e no seu "tempo livre"? Você consegue desacelerar? Você se permite descansar?

E dentro da sua prática de yoga, quando você se sente cansado, você se dá o direito de escolher posturas mais suaves, entrar em balásana sem o professor sugerir, se permite se acolher no seu savásana por mais tempo?

A nossa prática de yoga diz muito sobre nós mesmos.

Muitas vezes não nos permitimos relaxar, isso porque a palavra "relaxado" tem uma conotação negativa na nossa sociedade. Remete a "desleixado", "descuidado", "vagabundo".

Quando, na verdade, o relaxamento e a pausa são necessárias a todo ser humano. É quando "reabastecemos" o tanque do nosso corpo com energia, para depois continuar o que temos que fazer.

Fica então o meu convite para esse final de ano: faça diferente, permita-se deleitar no descanso. Seja o contrafluxo da maioria das pessoas nessa época do ano: vá devagar, respire, faça mais pausas, sinta o sabor dos alimentos, observe com mais atenção as sensações do seu corpo, converse, use menos as redes sociais - tudo isso te ajudará a descansar e desacelerar a mente.

Conte comigo se precisar.

Com amor, Gabi