Nyamas, as cinco disciplinas do yoga
- Gabi Z Reis Yoga
- 13 de jun. de 2022
- 2 min de leitura
Como já falamos em textos anteriores, existem OITO passos descritos pelo sábio Patañjali a fim do praticante de yoga alcançar o autoconhecimento, e os Nyamas estão em segundo nessa lista.
São CINCO proscrições psicofísicas, ou cinco disciplinas que adotamos para tornar a vida plena e tranquila, nos preparando para o autoconhecimento:
- Em primeiro lugar está śaucan, cuja tradução é purificação. Essa purificação engloba nosso corpo físico e o corpo sutil. É, portanto, manter a limpeza externa (escovar os dentes, tomar banho, organizar e limpar nosso ambiente de trabalho e casa, nossas roupas), e também a limpeza interna, como realizar os kryas (nauli, Kapālabhāti - iremos falar disso posteriormente), meditação e relaxamento, a fim de purificar nossa mente, pensamentos e ações.
- Santoṣa é o segundo nyama, sua tradução é "contentamento". É estar em paz consigo mesmo e com o mundo, mesmo com todas as adversidades naturais da vida. Um lindo e por vezes trabalhoso valor a se cultivar.
- Tapas, o terceiro nyama consiste em ser mais forte que as próprias fraquezas. É esforçar-se mas sem forçar, é ter resiliência e manter o foco e motivação naquilo que é importante e faz sentido pra você.
- Svādhyāya pode ser traduzido como auto-estudo, auto-compreensão. É se dedicar ao autoconhecimento percebendo que sempre temos a aprender sobre nós mesmos em todas as situações.
- Īśvaraprānidhāna, o último nyama é entregar os frutos das ações. Isso significa ser capaz de entender que não temos o controle de tudo, somos responsáveis pelos nossos atos mas não controlamos as consequências deles.
Durante a prática de yoga podemos colocar os nyamas em ação. O praticante não deve, entretanto, se sentir ansioso em realizar todos os passos de uma vez só. Como dica é escolher um ou dois nyamas e centrar-se nele durante um período de tempo.
E lembre-se que nossa vida é um equilíbrio dinâmico, tendo altos e baixos o tempo todo.
A ética do yoga existe para nortear o praticante, organizando a vida interior e as emoções, podendo assim evoluir como um todo.
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