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O CONHECIMENTO LIBERTA

Lembro-me do primeiro workshop que frequentei com o professor Pedro Kupfer, em São Paulo. Fui com a minha primeira professora de yoga. O texto era o Nirvana Shatkam, e Pedro falou sobre os papeis que representamos no nosso dia a dia, e a importância de saber separá-los da verdadeira essência do Ser.


Naquela época estava iniciando meus estudos sobre yoga, e estava muito motivada. Porém, o que mais me chamou a atenção durante aquele workshop foi uma conversa fora do contexto da aula, e uma frase em especial me marcou: “A falta de conhecimento incomoda”.


Absorvi então, esse ensinamento, e comecei a colocá-lo em prática no que diz respeito ao autoconhecimento. Quanto mais me aprofundava nos estudos sobre yoga mais conseguia perceber como a falta de conhecimento sobre mim mesma me incomodava.


Percebi que durante 20 anos fiz coisas que não condiziam com a minha essência, com quem eu realmente sou. Os condicionamentos que foram impostos a mim desde que nasci, continuavam fortes e até então nunca os tinha questionado.


A pedra no sapato começou a apertar mais ainda quando percebi que não estava satisfeita com a minha profissão, com o meu relacionamento, com a cidade em que vivia. E a partir deste momento comecei a questionar meu estilo de vida.


Deixei cair muitos condicionamentos que já não faziam mais sentido para mim, desde a minha alimentação até o modo como me divertia com meus amigos. Comecei a perguntar para mim mesma: por quê faço isso? Realmente me deixa feliz e satisfeita? E assim uma nova relação comigo mesma foi sendo construída.


Quando estava no meu curso de formação em yoga, outro divisor de águas: no estudo sobre Prathamah Patalah, foi mencionado sobre as crenças que temos sobre nós mesmos. Tais crenças, algumas vezes, são construídas a partir de julgamentos que outras pessoas fazem sobre nós, e acabamos tomando como verdade absoluta.


Máscaras são construídas, e começamos a nos definir como: “a tímida”, “a preguiçosa”, “a extrovertida”, “a nervosa”, “a incapaz”. Essas definições nos impedem de ser outra coisa, limitando nosso crescimento, travando o caminho para o autoconhecimento.


O ensinamento diz que não precisamos ser esse amaranhado de características que nos é imposto. Não há necessidade de nos limitar, podemos ser o que quisermos ser. Tentar se encaixar nesses padrões só traz sofrimento.



A partir do momento que deixamos cair as crenças que nos são impostas, percebemos a verdadeira essência do Ser: ilimitado, feliz, tranquilo.

O conhecimento sobre si mesmo liberta, e esse é o objetivo – tão especial e lindo – do yoga.




 
 
 

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